Último dia em Berlim

Berlim é um museu a céu aberto, não só pela história, que está em cada pedacinho da cidade, mas pelo incentivo a arte. Exemplo disso é a East Side Gallery, a maior galeria de arte a céu aberto do mundo. São 1,3Km do que sobrou do muro, com trabalhos de 119 artistas, e mais de 21 países representados.

O muro se tornou tão importante, que algumas de suas pinturas estampam os souvenirs da cidade. Uma delas é o grafite que reproduz o beijo entre o líder soviético Leonid Brejnev e o seu correligionário alemão oriental Erich Honecker, feito pelo artista Dimitrij Vrubel. O beijo foi registrado em foto num encontro entre os políticos em 1979, e também serviu de inspiração para a campanha da Benetton chamada Unhate, que criou novos beijos entre líderes políticos mundiais através de montagem, gerando grande polêmica.

Saímos do muro e fomos caminhando até a Rosenthaler Platz, importante centro comercial da cidade, onde fica baseado o complexo empresarial da Sony. Nos deparamos com tubos cor de rosa atravessando a paisagem, e descobri que eles servem para drenar água do solo para construções próximas. Uma loucura estética bem típica de Berlim.

Outdoor de Gisele Bundchen na Rosenthaler Platz, em Berlim. Ela estava em todas as cidades que fomos.

Paramos para almoçar num restaurante de comida típica alemã. De entrada, sopa de capeletti. Nada mais é do que um capeletti boiando numa água com sal, e um pouco de salsinha por cima.

Essa até minha afilhada de 5 anos prepara.

Depois pedimos o famoso salsichão com molho de ketchup e curry, o Currywurst. A estrela da culinária alemã, que consiste em:

salsichão

ketchup

curry

Vê se pode. Nem no auge da minha preguiça mor eu já fiz um prato tão preguiçoso quanto esse. Sério, gente. A culinária alemã não disse a que veio.

Agora, em Berlim eu tomei o melhor sorvete da viagem, com consistência e sabor italianos. Uma bola custava 90 centavos de euro. Óbvio que tomei todo dia o meu preferido do momento: iogurte com frutas vermelhas. Delícia!

Depois da farra do sorvete de iogurte, fomos ao monumento dos judeus mortos na guerra. Eu adorei. Claro que o monumento é super triste, e uma simbólica e bonita homenagem.

Mas os blocos de concreto formam um labirinto que diverte turistas e jovens de Berlim, com a velha brincadeira do pique-esconde. É uma gritaria danada lá dentro.

Resolvemos fazer uma sequência de pulos que nos divertiu por um bom tempo, até o momento que alguém se machucou, óbvio.

É com meu balé aéreo que eu me despeço de Berlim. Até Copenhagen!

Roberto, balança a cabeça três vezes se você gostou desse post.