Chegamos na primavera a uma Copenhagen fria e chuvosa de manhã, fria e ensolarada a tarde. De acordo com o Mikael, esse início de primavera estava mais frio do que o habitual, e os dinamarqueses já estavam ansiosos pela chegada do calor. Copenhagen nos pareceu uma cidade grande, mas é possível fazer tudo de bicicleta. A cidade é cortada por dois lagos, que mais parecem canais, e banhada pelo mar, por isso, é fácil se localizar.
Nossas bikes na beira de um dos lagos.
A principal atração turística é uma escultura da pequena sereia, conto criado aqui pelo escritor dinamarquês Hans Christian Andersen. A escultura em si é pequena, e bem sem graça, e o que mais me chamou atenção nesse lugar foram as lindas criancinhas que se aventuravam nas pedras. As crianças e mulheres dinamarquesas são muito lindas. Os bebês são gordos, carecas, de olho azul, e com a bochecha rosada. Todas as mulheres parecem a Barbie, sem exceção.
Cara de boneca.
Além disso, as pessoas em Copenhagen tem um bom gosto pra se vestir acima da média. Todas são magras, e acho que bicicleta ajuda nisso, e tem muito estilo. Depois de visitarmos a pequena sereia, fomos andando pelo pier, de onde é possível ter uma bela visão das plantas de energia eólica. De acordo com o Mikael, 20%da energia do país provém dos ventos, uma tecnologia que já devia ter sido implantada no Brasil, especialmente no nordeste.
Torres de energia eólica ao fundo.
Depois, retornamos por dentro do Kastellet, uma espécie de ilha com jeito medieval em formato de estrela. Fiquei encantada com o lugar, suas pontes, e construções antigas.
Uma das pontes de saída do Kastellet, antiga sede do reinado.
Saindo do Kastellet, nos deparamos com um belo chafariz.
A Dinamarca é uma monarquia parlamentar. Caminhando pela cidade, é possível ver ministros indo para o trabalho a pé ou de bicicleta. Quando chegamos a Amalienborg Slot, a praça central onde fica localizado o palácio da rainha Margarida II, a vimos chegando de carro. Diferente do Brasil, o carro da rainha não possui insulfilm nos vidros, e não tem a metade dos batedores que temos aqui. Foi possível ver a rainha dentro do carro. Só não deu tempo de tirar uma foto dela.
Palácio da rainha.
Continuamos nosso passeio de bike pela orla, até chegar numa bela construção moderna, o teatro Skuespil-huset, todo envidraçado, com seu café lotado de pessoas aproveitando o calor do sol.
A impressão que eu tive é a de que os dinamarqueses sabem aproveitar a vida, aparentam serem pessoas felizes, e dão muito valor a família. O Mikael disse que o índice de felicidade bruta aqui é o maior da Europa, mas ele acha que as pessoas são satisfeitas com a vida que tem, contentes, o que seria diferente de felicidade. “Elas tem acesso a boa educação, saúde, as cidades são mais limpas e silenciosas, a qualidade de vida é alta, mas não esbanjam felicidade”, disse Mikael.
Seguindo, chegamos numa rua a beira do canal repleta de bares e restaurantes lotados, com casinhas bem coloridas. Uma delícia deixar o tempo passar sentado a beira do canal Nyhavn.
Fiquei pensando que, de todas as cidades da Europa, aquelas à beira do mar são as que mais me atraem, pois eu tenho realmente necessidade de estar próxima ao mar. Um pausa pro almoço pra descobrir que a comida aqui não é muito típica, e sofre a influência de diversas culturas. O carro chefe dos restaurantes é o hamburguer com uma carne bem caprichada preparada por eles, e molho a base de wisky JW. O prato da foto abaixo é uma entrada: pasta de homus com curry e pão de campanha.
Homus com curry.
Aliás, o pão produzido em Copenhagen é um dos melhores, se não o melhor, que já comi na vida. Eles tem mil tipos de farinhas. Destaque especial para essa padaria (está mais pra uma boulangerie), que vendia os doces mais incríveis do mundo.
Essa é a LAGKAGEHUSET, a loja de pães e doces mais incrível de Copenhagen.
O detalhe só pra dar água na boca.
Tartelete de morango.
Destaque especial para o bolinho que comprávamos todo dia.
Bolinho de amêndoas ou nozes (nunca saberemos) com caldinha de laranja, insuperável!
Eu que nem um monstro devorando a iguaria:
Sem palavras.
É gostoso passear na Laederstaede, rua fechada para carros quase em frente ao Tivoli, com várias lojinhas fofas, inclusive uma mega loja da LEGO, marca de brinquedos criada aqui na Dinamarca. Foi lá que encontramos esse grupo se apresentando. Um coral de adolescentes interpretando músicas contemporâneas, uma delícia de ouvir. Eles cantaram Back for good, eu amo.
O maestro regendo com um bebê no carrinho. Curioso.
E por último, e não menos importante, fomos ao Tivoli, e eu andei pela primeira vez de montanha russa. É ridículo. Mas foi minha primeira vez. E eu amei tanto. O Tivoli é o parque mais antigo do mundo. Reza a lenda que o Walt Disney esteve aqui, e aqui teve a idéia de construir a Disney. Eu acredito.
Estava chovendo, eu morrendo de medo. Tínhamos pouco tempo, pois precisávamos ir para o aeroporto. Então, pagamos para entrar e ir em apenas um brinquedo. Escolhemos a montanha russa. Muito medo. Muito rápido. Amei tanto. Tive que comprar a foto pra guardar para sempre. Demais.